ROMA, 13 de mai de 2009 às 23:34
O Presidente de Israel, Shimon Peres, assinalou que "toda a mensagem do Papa é positiva e poderia gerar importantes reflexões", ao comentar a atual Viagem do Papa a Terra Santa que termina esta sexta-feira 15 de maio.
Em uma entrevista concedida ao L'Osservatore Romano (LOR), Peres precisou além que "talvez seja necessário combinar os discursos que (o Papa) pronunciou no aeroporto" no qual lamentou o anti-semitismo e animou os cristãos a promover a paz, "e no Yad Vashem" onde o Santo Padre reiterou o compromisso da Igreja Católica para que o ódio nunca volte a reinar, "para ter uma idéia clara da mensagem deixada por Bento XVI".
Para o Presidente do Estado do Israel, explica o LOR, ninguém melhor que o Papa, com sua autoridade espiritual para expressar o rechaço de uma religião que justifique a violência. Deste modo Peres destacou que a mensagem mais forte do Santo Padre nesta viagem "é talvez o que o Papa lançou no discurso de chegada. Mais de uma vez, o Papa falou do papel das três religiões monoteístas na construção de uma paz duradoura".
Ao referir-se à busca da paz, Peres comenta que "começa a emergir no Meio Oriente uma tendência a não estar já mais satisfeitos com os acordos bilaterais, a não ser a procurar acordos regionais para a paz e a coexistência pacífica, compreendendo que a democracia moderna não consiste no direito a ser iguais, a não ser na igualdade de direitos para ser diferentes; aonde todas as orações possam chegar ao céu sem interferências nem censuras".
O Presidente de Israel também disse, ao referir-se ao futuro deste país no Meio Oriente, que "se necessita deixar o uso das armas e a violência. É necessário fechar os muros. Niguém em definitiva quer os muros, cujo altíssimo preço todos pagam. Requer então permitir às pessoas entrar em uma nova era de ciência e tecnologia que não esteja em contradição com as Escrituras".
Finalmente indicou que "pode-se viver como fiéis que crêem durante a era da ciência. Não existe contraste, como sublinha o mesmo Papa. Mas antes que nada devemos abrir as fronteiras para permitir a nossos filhos viver um futuro de paz".